Antes já falei sobre as fiandeiras do destino da mitologia nórdica, em como elas determinam a vida dos homens, mas outro conceito presente na cultura viking é o de que os homens criam seu próprio destino. O que leva a um paradoxo, afinal, se tudo é determinado pelo destino, como podem os homens ter papel nisso? Convenhamos, no final das contas é tudo uma desculpa para fazer o que se bem entende, sem ligar para as consequências, porque usando a justificativa do destino os homens não precisam responder por nada. Ainda assim, vamos tentar entender a lógica disso, ok? Quem sabe simplesmente seja um modo de explicar aquelas pequenas coisinhas inexplicáveis da vida, as coincidências e ironias que não consigamos decifrar, embora nos tirem o sono durante o noite. Não gosto dessa explicação e vou dizer o motivo: é a explicação dos conformados, de quem tenta interpretar o destino, de quem se questiona diante da adversidade, buscando meios de ignorar ela. A possibilidade que mais me agrada é que o modo viking de ser consiste em desafiar o próprio destino, não deixando nenhuma situação ou pessoa moldar ele, sendo essa a única maneira de atingir esse destino. De que modo um guerreiro poderia conhecer o Valhalla não fosse o desejo de conquistar coisas extraodinárias? Ou seja, é possível lutar contra o destino, mas no fundo não tem como vencer dele, afinal, o único modo de atingir ele é lutando. E um viking não aceitaria viver de outro modo.
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